sexta-feira, 15 de junho de 2007

O Espelho de Bordas Douradas

Pensando em seu semblante e sob o som de uma noite fria e silenciosa, memórias vieram em mim à tona, como se fossem raios ao brilho do luar.

Não sabia há qual tempo eu seria capaz de retomar meu inconsciente, lar de pensamentos reprimidos e ilusões.

E como se não bastasse naquele momento, a tristeza, por não conseguir enxergar a realidade, num mais puro e inocente piscar de olhos eis que aparece em minha frente, a razão da minha angústia.

O ser responsável pela minha solidão, olho então atentamente, observando seus movimentos vagarosos e noto ininterruptamente que aquela sombra não para de reproduzir o que se passa em minha mente.

Corro então assustado, não importando mais se iria quebrar toda a sonoridade perfeita do ambiente, ilumino a escuridão, olho para trás e me deparo com minha pessoa, retratada em um espelho de bordas douradas.

Percebo então, estou sozinho novamente...

by Giovani Miorin

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